terça-feira, 14 de abril de 2009

Governo e MST discutem reforma agrária

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reuniu nesta segunda-feira (13) com o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, para cobrar o passivo dos acordos firmados com o governo em 2007, apresentar demandas para os próximos 20 meses e discutir a reforma agrária no estado.

De acordo com o líder do MST, Márcio Matos, todos os acordos feitos com o Governo do Estado foram encaminhados para as suas respectivas secretarias, como saúde, educação, moradia e infraestrutura. “O governo conseguiu encaminhar algumas coisas. Não temos dúvidas do comprometimento do governador Jaques Wagner com a reforma agrária e com o Movimento Sem Terra. Por isso, viemos cobrar esse passivo de 2007 e apresentar novas demandas para pactuar outros acordos”, afirmou.

Segundo Roberto Muniz, entre as ações do governo para a melhoria nos assentamentos dos Sem Terra na Bahia estão reformas de casas, construção e reformas de centros de formação, distribuição de sementes e implantação de energia elétrica nos assentamentos, e a recuperação de 300 quilômetros de estradas vicinais para facilitar o escoamento da produção agrícola das áreas de assentamentos. Estão previstos mais 400 quilômetros. “Houve conquistas, mas o movimento quer ampliá-las. A pauta é extensa e requer cuidados especiais, porque precisamos olhar principalmente os agricultores familiares, que representam parte dessa grande quantidade de famílias que estão no campo e desejam ação prioritária do Governo do Estado”, afirma o secretário.

A ação do MST faz parte da jornada de lutas do movimento, conhecido como Abril Vermelho, que acontece todo ano no Brasil, quando é lembrada a morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra em Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996. Eles ainda reivindicam dos governos estaduais e federal agilidade na reforma agrária em todo país.

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